Camisa amarrotada

Vem ser meu desalinho,
Não me deixe sozinho neste conforto de amargar,
Põe gravetos em nosso ninho,
Motiva esta paixão a voar,

Combina um café ou um almoço,
Faz deste peito aquele antigo alvoroço,
(Este só você saber aprontar)
Esquece a regra e pega de novo
De um jeito pra não mais largar.

Amarrota o lençol, se debate na cama,
Me xinga, briga, depois diz que me ama.
Me olha daquele jeito que não sei se
Te deixo ou te beijo.

Resolve minha dúvida, me beija.
Me dá alguns segundos de chamego,
Depois me tira o sono e o sossego
Ao ouvir que você também me deseja.

Vem ser, mais uma vez, meu desalinho,
Não me deixe sozinho neste conforto de amargar.

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