Teu futuro espelha esta grandeza

Não temos partido. E a resposta para isso é simples: Por que partir exatamente o que nos uniu? Sentimos a mesma coisa. Parece estranho responder com uma pergunta, mas é exatamente este nosso papel. Confundimos exatamente aqueles que nos deviam explicações.

Insurgimos de onde não planejavam, acordamos dentro de cada coração o doce sentimento de ser bra-si-lei-ro. Não é só patriotismo, é amar tanto o que é seu a ponto de querer que seja melhor. Queremos melhor.

Uma causa simples tão curta quanto um tweet, tão viral quanto um post,
tão poderosa quanto um grito que ecoa numa rua perto de você. Se você ainda não ouviu, é questão de tempo. O eco está ressoando. Amplificado.

Não estamos brincando de policia e bandido, a coisa aqui é séria. Queremos melhor. Como um desejo tão grande pode caber numa frase tão curta? O coração financeiro de São Paulo, virou só coração. E aquela tênue linha do projeto de Niemeyer virou uma rampa para assumirmos nosso lugar: acima do Congresso.

Tenho o orgulho de um futuro pai que vai poder contar à sua filha que viveu este momento da história. Muito obrigado a cada brasileiro que tem o desejo sincero de um pais simplesmente melhor.

Sem título


Sei que é tarde, mas queria escrever algo sobre você. Sugestões?
Poderiam ser alguns versos, um punhado de estrofes ou até uns refrões.
No entanto, nenhum deles descreveria a ousadia do que penso lhe escrever.
Tampouco compreenderia o que tento lhe dizer.

Um algo que não sei como definir e só o silêncio poderia exprimir.
Uma batida leve e frouxa de coração, um franzir de sobrancelhas,
eu sei lá, só preciso de um dia pra te contar.

Olhares anônimos


Oi, meu nome é... Não importa meu nome. Fazem dois dias que não cruzo um olhar. Talvez fosse um vicio, um cacoete, uma mania. Já não me lembro quem mandou eu me tratar. Cruzava olhares compulsivamente, a cada belo par de olhos a ansiedade me fazia sucumbir a aqueles olhares. 

Não fazia a menor diferença a moldura, se era gorda ou magra, mais velha ou mais nova, só mirava os olhos e em quantos imbróglios me meti. Me admirava o fato das pessoas não apreciarem a doce arte de cruzar um olhar. 

Quanto mais de doçura cabe naquele olhar? Mais um pingo e transbordaria. Via olhos cansados de tentar enxergar o horizonte e tinha também os olhos vivos de quem fotografa cada instante. Olhos molhados que olhavam baixo procurando uma razão, olhos que só passeavam pela multidão sem intenção. Eu documentava cada um destes no meu celular e passava noites em claro a procurar.

Não havia olhar mais doce que aquele. Procurei ajuda em outros sentidos: tentava ouvir as conversas, tentava abraçar as pessoas, mas nada cobria a falta de açúcar no café do meu olhar, que permanecia acordado e amargo, fissurado em procurar. 

Se eu bebesse, estaria em coma alcoólico. Se fumasse, teria câncer de pulmão. Só quero mais um dose. Mais um segundo para pousar meus olhos naqueles e tudo então fazer sentido, isso não é meu vício. É só um simples pedido.

Outros carnavais


O terno branco de linho veste minha imaginação.
Minhas palavras quase saem com os trejeitos de um bamba.
É realmente uma pena que este texto não seja um samba.
Gostaria que fosse canção, quem sabe enredo, mas só pode ser exaltação.

Mas que belo malandro eu seria, alinhado ao estilo noite e dia.
Um gingado impecável que fariam as mulatas suspirarem nas janelas.
Enquanto não vou aos botequins, meu verso é que se alimenta delas.
A nenhuma malandragem me atreveria, mas que belo malandro eu seria!

Exaltando uma aquarela pintada no chão da quadra da escola.
Galanteios viris nunca saíram da minha boca embriagada de noite boêmia,
Não consigo olhar o estandarte nas mãos da porta-bandeira.
Ao sagrado pavilhão que representa o pulsar da bateria, blasfêmia.

Sou isso que sou e nada mais poderia. Mas que belo malandro eu seria.
Neste carnaval já não sei se visto ou se sou fantasia, 
nem sei jogar ronda, me viro mal no bilhar. Fico aqui da arquibancada a suspirar.
Belisco a bunda da mulata? Nem caberia. Pega mal a quem não sabe como beliscar.

Se bebesse cerveja, talvez não aguentasse dois copos. Fico tonto.
Sou mesmo tonto de achar que a vida de malandro eu levaria.
Não batuco em caixa de fósforos, nem fumo. Tem fogo? Não, companheiro.
Esta noite me embriago de solidão, imaginando minhas traquinagens.

Depois que passar a escola pela passarela, 
vou suspirar meus tempos de malandragem que nunca foram
e me perguntar: Será que não queria ser malandro só por causa dela?
Hoje minha imaginação veste terno de linho branco.

De filho para pai



Ela me trouxe um pequenino par de meias, e como as coisas acontecem rápido e cada vez mais rápido, já desfrutava da sabedoria de mãe. Não havia um jeito melhor de me dizer que esperaríamos um filho juntos.

Mal sabia ela que estava me ensinando sobre a doce aventura de ser pai.
Quero que este pequenino par de meias proteja os passos do(a) nosso(a) filho(a), não vou trilhar seus caminhos, só quero mostrar o mundo e proteger seus pézinhos.


Marujo

• Trabalho duro, coração mole.
• Cabeça aberta? Negócio fechado.
• Mundo pequeno, sonho grande.
• Olhar de perto, Sentir de longe.

Entre outros balanços da vida
fazem o barco não virar.

Espera

O mundo nunca espera pelo que você vai dizer.
Neste caso, diga. Quem sabe o inesperado mude tudo.