Minha carne é de carnaval

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Ensaio Técnico da "Furiosa" - Salgueiro (2005) Faz toda diferença!

Minha carne é de carnaval, meu coração é igual,
Desejo que meu carnaval seja da bateria furiosa,
Bate no surdo de primeira, respira no de segunda.
Que o de terceira seja só a sensação louca da batida acelerando.

Está pronto o cenário pro meu samba renascer brilhante e pungente
Que os tamborins sejam cada arrepio do meu samba-enredo
A melodia descrita neste cavaquinho renasceu dos meus lamentos.
E a paixão por cada lantejoula daquele barracão me tirou as lágrimas,
E transformou meu peito na avenida de uma doce ilusão.

Nesta bateria coube a você o repique, que sinaliza, alinha a andamento.
Onde estava com a cabeça de lhe dar o comando das paradas?
Minha bateria evolui sem recuo, faz o desfile, transforma o momento.
Se ela parar de bater, deixo de viver.

De viver este momento, esta batida, esta doce ilusão.
Por isso, meu amor, lance a serpentina, e não deixe o samba atravessar,
Meu coração depende desta batida.

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